quarta-feira, 20 de abril de 2011

Atividade frases II


Tipos de Frases


19 de Abril - Dia do índio
Atividade do Jogo dos 7 erros com a turma da Mônica.
Exercícios sobre os tipos de frases e interpretação sobre as cenas:
1) Turma vamos agora brincar de índio.Tipo de frase:_____________________________________.O que foi usado pela turma da Mônica para a caracterização indígena?______________
2) A turma está alegre fazendo a Dança da Chuva.
Tipo de frase:_____________________________________.
O que nos mostra a alegria da maioria dos personagens?____________________
3) O Cascão não gostou de ficar amarrado.Tipo de frase:_____________________________________.
O que está aterrorizando o Cascão na cena? ______
4) Viva a dança da chuva!
Tipo de frase:__________________________.Qual é o objetivo da Dança da Chuva realizada pela turma da Mônica? ___________________________________________________5) Será que com a dança a chuva virá?Tipo de frase:_____________________________________.6) O Cascão olha para cima e em seu rosto há uma expressão de terror.Tipo de frase:_____________________________________.
Na cena o que nos mostra a proximidade da chuva? _________________Entre as duas cenas está escrito o seguinte:Tadinho do Cascão! Será que ele escapa dessa? Bem, mas enquanto a chuva não vem, que tal encontrar as sete diferenças entre as figuras?
Quais são as frases interrogativas? __________
Qual é a frase exclamativa? _____________________

Atividade frases

TIPOS DE FRASES
1.       Marque apenas as frases nominais:
a)      Que voz estranha!
b)      A lanterna produzia boa claridade.
c)       As risadas não eram normais.
d)      Luisinho, não!

2.       Classifique as frases em declarativa, interrogativa, exclamativa, optativa ou imperativa.
a)      Você está bem?
b)      Não olhe; não olhe, Luisinho!
c)       Que alívio!
d)      Tomara que Luisinho não fique impressionado!
e)      Você se machucou?
f)       A luz jorrou na caverna.
g)      Agora suma, seu monstro!
h)      O túnel ficava cada vez mais escuro.

3.       Transforme a frase declarativa em imperativa. Siga o modelo:
Luisinho ficou pra trás. (declarativa)
Lusinho, fique para trás. (imperativa)

a)      Eugênio e Marcelo caminhavam juntos.
b)      Luisinho procurou os fósforos no bolso.
c)       Os meninos olharam à sua volta.

4.       Sabemos que frases verbais ou orações são aquelas que têm verbos. Assinale, pois, as frases que são orações:

a)      Deus te guarde!
b)      As risadas não eram normais.
c)       Que ideia absurda!
d)      O fósforo quebrou – se em três pedacinhos.
e)      Tão preta como o túnel!
f)       Quem bom!
g)      As ovelhas são mansas e pacientes.
h)      Que espírito irônico e livre!

RESPOSTAS
1. a e b
2. a) interrogativa
b) imperativa
c) exclamativa
d) optativa
e) interrogativa
f) declarativa
g) imperativa
h) declarativa
3. a) Eugênio e Marcelo, caminhem juntos!
b) Luisinho, procure os fósferos no bolso!
c) Meninos, olhem à sua volta!

Tipos de frases

Tipos de Frases
Muitas vezes, as frases assumem sentidos que só podem ser integralmente captados se atentarmos para o contexto em que são empregadas. É o caso, por exemplo, das situações em que se explora a ironia. Pense, por exemplo, na frase "Que educação!", usada quando se vê alguém invadindo, com seu carro, a faixa de pedestres. Nesse caso, ela expressa exatamente o contrário do que aparentemente diz.
A entoação é um elemento muito importante da frase falada, pois nos dá uma ampla possibilidade de expressão. Dependendo de como é dita, uma frase simples como "É ela." pode indicar constatação, dúvida, surpresa, indignação, decepção, etc. Na língua escrita, os sinais de pontuação podem agir como definidores do sentido das frases. Veja:
baloezinhos

Existem alguns tipos de frases cuja entoação é mais ou menos previsível, de acordo com o sentido que transmitem. São elas:
a) Frases Interrogativas: ocorrem quando uma pergunta é feita pelo emissor da mensagem. São empregadas quando se deseja obter alguma informação. A interrogação pode ser direta ou indireta.
Você aceita um copo de suco?  (Interrogação direta)
Desejo saber se você aceita um copo de suco. (Interrogação indireta)
b) Frases Imperativas:  ocorrem quando o emissor da mensagem dá uma ordem, um conselho ou  faz um pedido, utilizando o verbo no modo imperativo. Podem ser afirmativas ou negativas.
Faça-o entrar no carro! (Afirmativa)
Não faça isso. (Negativa)
Dê-me uma ajudinha com isso! (Afirmativa)
c) Frases Exclamativas:  nesse tipo de frase o emissor exterioriza um estado afetivo. Apresentam entoação ligeiramente  prolongada.
    Por Exemplo:  Que prova difícil! É uma delícia esse bolo!
d) Frases Declarativas:  ocorrem quando o emissor constata um fato. Esse tipo de frase informa ou declara alguma coisa. Podem ser afirmativas ou negativas.
Obrigaram o rapaz a sair. (Afirmativa)
Ela não está em casa. (Negativa)
e) Frases Optativas:  são usadas para exprimir um desejo.
    Por Exemplo:
    Deus te acompanhe! Bons ventos o levem!

De acordo com a construção, as frases classificam-se em:
Frase Nominal: é a frase construída sem verbos.
Exemplos:
Fogo!
Cuidado!
Belo serviço o seu!
Trabalho digno desse feirante.
Frase Verbal: é a frase construída com verbo.
Por Exemplo:
O sol ilumina a cidade e aquece os dias.
Os casais saíram para jantar.
A bola rolou escada abaixo.

Atividade variações linguísticas

ATIVIDADES – VARIANTES LINGUÍSTICAS

1. Assinale  a  alternativa  que  traz  exemplo  de  variedade  linguística  que exemplifique variação de estilo (ou seja, diafásica, ou de registro).
 A)  É  urgente  que  os  gringos  se  comprometam  a manter  o  aquecimento global abaixo de 2ºC em relação aos níveis de 1990.
B)  Estudos  revelam  que  Barack Obama  fez mais  pelo meio  ambiente  do que os governos americanos anteriores nos últimos 30 anos.
C)  Japão e  Itália  liberam pouca quantidade de gases do efeito estufa, mas  carecem de uma política climática para alcançar as metas  fixadas pela ONU.
D)  Os  Estados  Unidos  mantêm  o  maior  nível  de  emissão  per  capita  de poluentes no mundo todo.

2. Assinale a alternativa que  contém uma  informação FALSA em  relação ao fenômeno da variação linguística.
 A)  A variação  linguística consiste num uso diferente da  língua, num outro modo de expressão aceitável em determinados contextos.
B)  A variedade linguística usada num texto deve estar adequada à situação de comunicação vivenciada, ao assunto abordado, aos participantes da interação.
C)  As  variedades  que  se  diferenciam  da  variedade  considerada  padrão devem ser vistas como imperfeitas, incorretas e inadequadas.
D)  As  línguas  são  heterogêneas  e  variáveis  e,  por  isso,  os  falantes apresentam  variações  na  sua  forma  de  expressão,  provenientes  de diferentes fatores.

3. Leia o texto abaixo para responder as duas primeiras questões.
À pampa, truta?
A gíria é o elemento mais intercambiável entre as tribos. Ela se dissemina rapidamente e acaba se incorporando ao vocabulário de todas elas.
                                                                           (Revista Ana Maria, 22 de maio 2005, p. 36) A partir do texto apresentado, assinale o que for correto.
(    ) As gírias são expressões que marcam a língua coloquial, ou seja, é uma variante mais espontânea, utilizada nas relações informais entre os falantes.
(    ) O emprego intensivo de gírias entre os falantes faz com que essa variedade lingüística se propague rapidamente.
(    ) O autor do texto expõe sobre um processo lingüístico que sofre influência de inúmeros fatores entre eles: a relação entre falantes e ouvintes.
(    ) “À pampa, truta” são expressões resultantes de variação lingüística, empregadas entre falantes, marcadas por uma época e o grupo social de que fazem parte.
(   ) O vocábulo “tribos” está empregado em um sentido denotativo, isto é, real.

4. (…) Como não ter Deus?! Com Deus existindo, tudo dá esperança: sempre um milagre é possível, o mundo se resolve. Mas, se não tem Deus, há-de a gente perdidos no vaivem, e a vida é burra. É o aberto perigo das grandes e pequenas horas, não se podendo facilitar — é todos contra os acasos.
Tendo Deus, é menos grave se descuidar um pouquinho, pois, no fim dá certo. Mas, se não  tem Deus, então, a gente não tem licença de coisa nenhuma! Porque existe dor. E a vida do homem está presa, encantoada — erra rumo, dá em aleijões como esses, dos meninos sem pernas e braços. (…)
(Guimarães Rosa, Grande sertão: veredas.)
Uma das principais características da obra de Guimarães Rosa é sua linguagem artificiosamente inventada, barroca até certo ponto, mas instrumento  adequado para sua narração, na qual o sertão acaba universalizado.

 a) Transcreva um trecho do texto apresentado, onde esse tipo de “invenção” ocorre.


b)  Transcreva um trecho em que a sintaxe utilizada por Rosa configura uma variação lingüística que contraria o registro prescrito pela língua padrão.


5.  Assinale  a  opção  que  identifica  a  variação  lingüística presente nos textos abaixo.
Assaltante Nordestino
 –Ei, bichin…  Isso é um assalto… Arriba os braços e num  se bula nem faça muganga… Arrebola o dinheiro no mato e não faça pantim  se não  enfio  a  peixeira  no  teu  bucho  e  boto  teu  fato  pra fora! Perdão, meu Padim Ciço, mas é que eu to com uma fome da moléstia…

  Assaltante Baiano
 – Ô meu rei… (longa pausa) Isso é um assalto… (longa pausa). Levanta os braços, mas não se avexe não… (longa pausa). Se num quiser nem precisa levantar, pra num ficar cansado… Vai
passando a grana, bem devagarinho… (longa pausa). Num repara se o berro está sem bala, mas é pra não ficar muito pesado… Não esquenta, meu irmãozinho (longa pausa). Vou deixar teus
documentos na encruzilhada…

Assaltante Paulista
   Orra, meu…  Isso  é  um  assalto, meu…  Alevanta  os  braços, meu… Passa a grana logo, meu… Mais rápido, meu, que eu ainda  preciso  pegar  a  bilheteria  aberta  pra  comprar  o
ingresso  do  jogo  do  Corinthians,  meu…  Pó,  se  manda, meu…

(A)  variação social
(B)  variação regional
(C)  variação cultural
(D)  variação histórica
(E)  variação padrão

6.  O  uso  da  linguagem  nos  quadros abaixo  sofre  variação lingüística.
 blog




(A)  regional
(B)  literária
(C)  grupal técnica
(D)  padrão
(E)  social

Leia o texto para responder às questões 7, 8, 9 e 10.

Jogadores de  futebol podem ser vítimas de estereotipação. Por  exemplo,  você  pode  imaginar  um  jogador  de  futebol dizendo “estereotipação”? E, no entanto, por que não? 
­ Aí, campeão. Uma palavrinha pra galera. 
­ Minha  saudação aos  aficionados  do  clube e os demais esportistas, aqui presentes ou no recesso dos seus lares. 
­ Como é? 
­ Aí, galera. 
­ Quais são as instruções do técnico? 
­  Nosso  treinador  vaticinou  que,  com  um  trabalho  de 
contenção coordenada, com energia otimizada, na zona de 
preparação, aumentam as probabilidades de,  recuperado o 
esférico,  concatenarmos  um  contragolpe  agudo  com 
parcimônia de meios e extrema  objetividade,  valendo­nos 
da  desestruturação  momentânea  do  sistema  oposto, 
surpreendido pela reversão inesperada do fluxo da ação. 
­ Ahn? 
­  É  pra  dividir  no meio  e  ir  pra  cima  pra  pegá  eles  sem calça. 
­ Certo. Você quer dizer mais alguma coisa? 
­ Posso dirigir uma mensagem de caráter sentimental, algo banal,  talvez mesmo  previsível  e  piegas,  a  uma  pessoa  à 
qual sou ligado por razões, inclusive, genéticas? 
­ Pode. 
­ Uma saudação para a minha progenitora. 
­ Como é? 
­ Alô, mamãe! 
­ Estou vendo que você é um, um… 
­  Um  jogador  que  confunde  o  entrevistador,  pois  não 
corresponde à expectativa de que o atleta seja um ser algo 
primitivo  com  dificuldade  de  expressão  e  assim  sabota  a 
estereotipação. 
­ Estereoquê? 
­ Um chato? 
­ Isso. 
Luís Fernando Veríssimo (In: Cor reio Brasiliense, 13/05/1998) 

7. O  texto  retrata  duas  situações  relacionadas  que, fogem à expectativa do público: 
a.  A  saudação do  jogador  aos  fãs  do  clube,  no início  das  entrevistas  e  saudação  final 
dirigida à sua mãe. 
b.  A  linguagem  muito  formal  do  jogador, inadequada  à  situação  da  entrevista  e  um 
jogador que fala, com desenvoltura, de modo muito rebuscado. 
c.  O  uso  da  expressão  “galera”  por  parte  do entrevistador  e  da  expressão  “progenitora”, 
por parte do jogador. 
d.  O  desconhecimento,  por  parte  do entrevistador,  da  palavra  “estereotipação”,  e 
a fala do jogador em “é pra dividir no meio e ir pra cima pra pegá eles sem calça”. 
e.  O  fato  de  os  jogadores  de  futebol  serem vítimas  de  estereotipação  e  o  jogador 
entrevistado não corresponder ao estereótipo. 

8. A  expressão  “pegá  eles  sem  calça”  pode  ser substituída  sem  comprometimento  de  sentido,  em língua culta, formal, por: 
a.  Pegá­los na mentira. 
b.  Pegá­los desprevenidos. 
c.  Pegá­los em flagrante. 
d.  Pegá­los rapidamente. 
e.  Pegá­los momentaneamente. 

9. O texto mostra uma situação em que a linguagem usada é inadequada ao contexto. Considerando as diferenças entre língua oral e língua escrita, assinale a opção que representa também uma inadequação da linguagem usada ao contexto:
a) “o carro bateu e capotô, mas num deu pra vê direito” - um pedestre que assistiu ao acidente comenta com o outro que vai passando  
b) “E aí, ô meu! Como vai essa força?” - um jovem que fala para um amigo.  
c) “Só um instante, por favor. Eu gostaria de fazer uma observação” - alguém comenta em uma reunião de trabalho.
d) “Venho manifestar meu interesse em candidatar-me ao cargo de Secretária Executiva desta conceituada empresa” - alguém que escreve uma carta candidatando-se a um emprego.
e) “Porque se a gente não resolve as coisas como têm que ser, a gente corre o risco de termos, num futuro próximo, muito pouca comida nos lares brasileiros” - um professor universitário em um congresso internacional.

10. Analise as seguintes asserções a respeito do texto “Aí, galera”

I.                   O  efeito  cômico  do  texto  deriva  do  contraste entre  a  idéia  preconcebida  do  entrevistador sobre um jogador de futebol e as características do jogador entrevistado. 
II.                O  cronista  satiriza  a  classe de  jogadores, uma vez  que,  para  ele,  nenhum  jogador  apresenta domínio  da  variante  padrão  da  língua portuguesa em entrevistas.
III.             O  termo  “inclusive”, sublinhado no  texto,  indica que  as  ligações  entre  o  jogador  e  a mãe  dele não  são  apenas  sangüíneas. Sentido este que seria  perdido,  caso  o  termo  fosse  substituído por “preponderantemente”.     

Estão corretas apenas as afirmativas
(a)  II e III.
(b)  I e III.
(c)  I e II.
(d)  I, II e III.
(e)  I.R

Variações Linguísticas

Variações linguísticas

O modo de falar do brasileiro

Alfredina Nery*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Toda língua possui variações linguísticas. Elas podem ser entendidas por meio de sua história no tempo (variação histórica) e no espaço (variação regional). As variações linguísticas podem ser compreendidas a partir de três diferentes fenômenos.
1) Em sociedades complexas convivem variedades linguísticas diferentes, usadas por diferentes grupos sociais, com diferentes acessos à educação formal; note que as diferenças tendem a ser maiores na língua falada que na língua escrita;
2) Pessoas de mesmo grupo social expressam-se com falas diferentes de acordo com as diferentes situações de uso, sejam situações formais, informais ou de outro tipo;
3) Há falares específicos para grupos específicos, como profissionais de uma mesma área (médicos, policiais, profissionais de informática, metalúrgicos, alfaiates, por exemplo), jovens, grupos marginalizados e outros. São as gírias e jargões.
Assim, além do português padrão, há outras variedades de usos da língua cujos traços mais comuns podem ser evidenciados abaixo.

Uso de “r” pelo “l” em final de sílaba e nos grupos consonantais: pranta/planta; broco/bloco.
Alternância de “lh” e “i”: muié/mulher; véio/velho.
Tendência a tornar paroxítonas as palavras proparoxítonas: arve/árvore; figo/fígado.
Redução dos ditongos: caxa/caixa; pexe/peixe.
Simplificação da concordância: as menina/as meninas.
Ausência de concordância verbal quando o sujeito vem depois do verbo: “Chegou” duas moças.
Uso do pronome pessoal tônico em função de objeto (e não só de sujeito): Nós pegamos “ele” na hora.
Assimilação do “ndo” em “no”( falano/falando) ou do “mb” em “m” (tamém/também).
Desnasalização das vogais postônicas: home/homem.
Redução do “e” ou “o” átonos: ovu/ovo; bebi/bebe.
Redução do “r” do infinitivo ou de substantivos em “or”: amá/amar; amô/amor.
Simplificação da conjugação verbal: eu amo, você ama, nós ama, eles ama.


Variações regionais: os sotaques

Se você fizer um levantamento dos nomes que as pessoas usam para a palavra "diabo", talvez se surpreenda. Muita gente não gosta de falar tal palavra, pois acreditam que há o perigo de evocá-lo, isto é, de que o demônio apareça. Alguns desses nomes aparecem em o "Grande Sertão: Veredas", Guimarães Rosa, que traz uma linguagem muito característica do sertão centro-oeste do Brasil:

Demo, Demônio, Que-Diga, Capiroto, Satanazim, Diabo, Cujo, Tinhoso, Maligno, Tal, Arrenegado, Cão, Cramunhão, O Indivíduo, O Galhardo, O pé-de-pato, O Sujo, O Homem, O Tisnado, O Coxo, O Temba, O Azarape, O Coisa-ruim, O Mafarro, O Pé-preto, O Canho, O Duba-dubá, O Rapaz, O Tristonho, O Não-sei-que-diga, O Que-nunca-se-ri, O sem gracejos, Pai do Mal, Terdeiro, Quem que não existe, O Solto-Ele, O Ele, Carfano, Rabudo.

Drummond de Andrade, grande escritor brasileiro, que elabora seu texto a partir de uma variação linguística relacionada ao vocabulário usado em uma determinada época no Brasil.

Antigamente
"Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio."

Como escreveríamos o texto acima em um português de hoje, do século 21? Toda língua muda com o tempo. Basta lembrarmos que do latim, já transformado, veio o português, que, por sua vez, hoje é muito diferente daquele que era usado na época medieval.

Língua e status

Nem todas as variações linguísticas têm o mesmo prestígio social no Brasil. Basta lembrar de algumas variações usadas por pessoas de determinadas classes sociais ou regiões, para percebers que há preconceito em relação a elas.

Veja este texto de Patativa do Assaré, um grande poeta popular nordestino, que fala do assunto:

O Poeta da Roça
Sou fio das mata, canto da mão grossa,
Trabáio na roça, de inverno e de estio.
A minha chupana é tapada de barro,
Só fumo cigarro de paia de mío.

Sou poeta das brenha, não faço o papé
De argun menestré, ou errante cantô
Que veve vagando, com sua viola,
Cantando, pachola, à percura de amô.
Não tenho sabença, pois nunca estudei,
Apenas eu sei o meu nome assiná.
Meu pai, coitadinho! Vivia sem cobre,
E o fio do pobre não pode estudá.

Meu verso rastero, singelo e sem graça,
Não entra na praça, no rico salão,
Meu verso só entra no campo e na roça
Nas pobre paioça, da serra ao sertão.
(...)

Você acredita que a forma de falar e de escrever comprometeu a emoção transmitida por essa poesia? Patativa do Assaré era analfabeto (sua filha é quem escrevia o que ele ditava), mas sua obra atravessou o oceano e se tornou conhecida mesmo na Europa.

Leia agora, um poema de um intelectual e poeta brasileiro, Oswald de Andrade, que, já em 1922, enfatizou a busca por uma "língua brasileira".

Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.

Uso dos Porques

O uso dos porquês

O emprego deste termo relaciona-se a regras pré-determinadas
 Por que

Pode ser usado com o sentido de “por qual razão” ou “por qual motivo”, e trata-se da junção da preposição por + o pronome interrogativo que:

Exemplos: Não sei por que não quis ficar até mais tarde.
Por que ficar até mais tarde?

Ainda pode ser empregado quando se tratar da preposição por + pronome relativo que e, neste caso, será relativo à “pelo qual”, “pela qual”, “pelos quais”, “pelas quais” ou ainda “para que”:

Exemplos: A rua por que passei ontem não era parecida com essa!
Quando votarmos, que seja por que nos próximos anos possamos ver mais obras.


Por quê

O uso do por quê é equivalente ao “por que”, porém, é acentuado quando vier antes de um ponto, seja final, de interrogação ou exclamação:

Exemplos: Ficar na festa até mais tarde, por quê?
Não sei por quê.


Porque

O termo porque é uma conjunção causal ou explicativa e o seu uso tem significado aproximado de “pois”, “já que”, “uma vez que” ou ainda indica finalidade e tem valor aproximado de “para que”, “a fim de”.

Exemplos: Vou fazer mais um trabalho porque tenho que entregar amanhã. (conjunção)
Não faça mal a ninguém porque não façam a você. (finalidade)

Porquê

Quando aparece nessa forma o porquê é um substantivo e denota o sentido de “causa”, “razão”, “motivo” e vem acompanhado de artigo, adjetivo ou numeral:

Exemplos: Diga-me o porquê de sua contestação.
Tenho um porquê para ter contestado: meu cartão bancário foi clonado.

Atividade - Uso dos Porques

Exercícios sobre o uso dos porquês
1.
I. Afinal, chegou o momento porque tanto esperei.
II. Não sei o porquê de seu entusiasmo.
III. Você está feliz assim, por quê?
IV. Sou feliz, porque me ouves.
V. Então por quê não falas claramente
I, II e III certas.
II, III e IV certas.
I, II e V certas.
2.
I. O porquê de sua demissão está muito claro.
II. Por que não me telefonou?
III. Não me telefonou, por quê?
IV. O motivo porque lhe falei tudo aquilo não interessa.
V. Irei viajar, porque me estou em férias.
Todas corretas.
Todas corretas, menos a IV.
I, III e IV corretas.
3. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas das frases apresentadas:
______ me tratas tão mal?
______ não gosto de você.
E não gostas de mim, _______?
Nem eu sei o _______.
Por que - Porque - por que - por quê
Por que - Porque - por quê - porquê
Porque - Por que - porque - por quê
4. Selecione a alternativa que completa corretamente a frase:
Eu não sei _______ ele fez ______ fez. _______ mesmo não me envolvo nesse assunto.
porque - o quê - Por isso
por que - o que - Porisso
por que - o que - Por isso
5. "A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado, porque está na hora."
Observe o uso de porque na frase acima. Agora, analise as seguintes:
I. Porque deixar de lado uma causa porque lutamos há tanto tempo?
II. Ninguém sabe o porquê de nossa luta.
III. Ele vivia tranqüilamente, porque tinha uma grande herança.
IV. O governo não deve mudar, por quê?
V. Pergunto por que você é tão irresponsável.
VI. Vivo feliz, porque amo minha esposa.
Assinale a única alternativa correta:
As frases I e III são as únicas corretas.
As frases I, III e V são corretas.
Na frase II, o porquê é um substantivo.
6.
Indaguei ______ o aluno não trouxe a apostila.
Ele disse que não trouxe, _______ a perdeu.
A alternativa que preenche corretamente as lacunas é:
Por que - porque
porque - porque
por que - por que
7. Assinale o item correto quanto ao uso do porquê:
Ele ganhou o prêmio porquê foi o melhor.
Vamos agora resolver o por quê desta questão.
Você não compareceu à aula ontem por quê?
8. Assinale a frase gramaticalmente correta.
Não sei por que brigamos.
Ele não o procurou por que estava doente.
Porque não procura sua amiga?
9.Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas das frases apresentadas:
I. Ele não escreveu para você, ________?
II. Ninguém me explicou o _______ de sua indiferença.
III. Quero saber ______ não estuda mais.
IV. ________ é sonhador, o jovem cultiva ideais.
por quê - porquê - por que - porque
por que - porque - porque - por que
por quê - porquê - porque - por que
10. Assinale a alternativa que substitui adequadamente a palavra destacada na frase:
"A viagem foi demasiadamente cansativa, pois tivemos que passar por estradas esburacadas e poeirentas".
por que
porque
por quê